A volta por cima
“O melhor do ano!” - não se trata apenas de uma opinião pessoal, mas sim uma quase unanimidade de acordo com outras pessoas que conversamos sobre Assassin’s Creed 2. Bem, mesmo os que não consideram como “O” melhor jogo do ano, no mínimo o colocam certamente entre os primeiros no ranking de 2009. E olha que não estamos falando de um ano fraco, tendo somente na mesma semana deste lançamento outros títulos de peso como Call of Duty: Modern Warfare 2, Left 4 Dead 2 e New Super Mario Wii.
A verdade é que, depois de muitas promessas e desilusões no primeiro Assassin’s Creed, a Ubisoft soube reconhecer seus problemas e encarar esta continuação quase como um pagamento da dívida aos fãs por tudo aquilo que ficou faltando no game anterior. E a boa notícia é que desta vez funcionou...
Abaixo, contamos os principais pontos desta grande surpresa de final de 2009, destacando os principais pontos que fizeram deste game candidato a um dos melhores do ano!
Ezio, Ezio Auditore di Firenze
O game começa já de um modo bem legal (e para aqueles que perderam, vale a pena antes de jogar assistir o filme Assassin's Creed: Lineage feito com atores reais que conta um prefácio sobre a história do game). Em meio à fuga de Desmond Miles do laboratório onde “lêem” as memórias dos antepassados das pessoas, em outra “vida” encontra-se Ezio Auditore di Firenze, um italiano que é líder de uma gangue de marginais de uma pequena vila. E o personagem que você controla neste game é justamente o invocado, mas ainda assim educado, rapaz. Daí você pergunta: onde está Altair? A conexão com Altair é que ele também é um ancestral de Desmond Miles, o barman que é capturado para realizar testes científicos e de onde sai todas as “lembranças” de ambos os games.
E começando o game, você já percebe diferenças brutais, que são melhorias do primeiro game. Para começar, não existe mais aquele tutorial mega-chato do original. Você aprende os golpes e todo o controle do game aos poucos, durante a própria aventura. Além disso, o game conta com novos movimentos, formas de matar, arsenal de armas e cidades muito mais belas e completas. O game também está menos linear. Agora, você pode fazer diversos tipos de missões durante o game. Diversificadas entre procurar páginas do Codex para melhorar sua vida ou conseguir armas novas, até aceitar contratos de assassinos ou dar uma de carteiro. Claro, o jogo não ficou tão perfeito assim, já que até essas missões podem irritar um pouco os mais exigentes. Mas, com certeza elas podem ser dribladas e você pode seguir apenas a história central do game.
E o sistema funciona também como se fosse um GTA na Itália antiga. A cada missão sucedida, você ganha um valor em dinheiro, que no caso são chamados de “florins”, moeda da época da Renascença em que se passa o jogo (entre os anos de 1476 e 1503).
Construa sua fama, destrua seus inimigos
Em Assassin’s Creed 2, o enredo gira em torno da rivalidade entre famílias nobres e a de Ezio. Assim, seu pai e irmão acabam sendo assassinados nas mãos de outras famílias. O protagonista então procura sua vingança e se torna mais um membro da turma de assassinos, por orientação de seu próprio pai, que desempenhava essa tarefa antes, sem que ninguém de sua família soubesse.
Portanto, você encontra amigos e inimigos dentro do game. Isso conta para o seu tio Mario, grupos de ladrões como amigos e diversos nobres e famílias rivais como inimigos. Além disso, ao ingressar na cidade de tio Mario, é possível ajudar a vila a se desenvolver - uma parte bem interessante que foi implementada no game. Utilizando o dinheiro ganho, você aplica em melhorias na cidade e traz mais pessoas para morar lá, melhorando assim o valor da vila. Além disso, ao melhorar as lojas da cidade, você ganha porcentagens em dinheiro a cada 20 minutos de jogo.
Agora, é possível também comprar além de armaduras, armas, suprimentos médicos e veneno, obras de arte e roupas. Isso significa que o jogo está bem mais aberto e completo do que o anterior. Isso porque você ainda tem uma descrição de quase todas as localidades da Itália antiga, numa espécie de enciclopédia que o game traz. Isso sem falar das participações de personagens importantes da história, como o Leonardo da Vinci. Este, que se mostra um rapaz interessado em tudo, além de muito simpático. Ele faz um papel crucial na história de Ezio e se mostra uma peça importantíssima no decorrer do jogo.
Enfim, por que o melhor jogo?
Assassin’s Creed 2 é o melhor do ano, em minha opinião, porque ofereceu horas e horas de jogo ininterruptas com pura diversão. Situação realmente rara entre a concorrência se levarmos em conta todos os quesitos, sendo imensamente superior se comparado com o primeiro game da série. A equipe da Ubisoft conseguiu melhorar o jogo como um todo. A movimentação dos personagens, combates, história e complexidade estão totalmente renovadas. E o mais impressionante foi o curto tempo em que o segundo game da série foi lançado em relação ao primeiro, para tanta novidade: cerca de 2 anos.
Para completar, a parte sonora do jogo também faz seu papel com maestria. Certamente, este título representa um produto muito bem acabado. Por isso, caso você tenha a chance de pôr as mãos em AC2 – disponível neste momento apenas no Xbox 360 ou no PS3, e estimado para chegar ao PC no início de 2010 -, saiba que está se deparando com uma belíssima obra de arte.
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